Des(conecte-se)! ♡

Sala de espera lotada. Muitas pacientes conversando ao mesmo tempo. Neste caso sempre opto em levar um livro e aguardar a minha vez. Mas, neste dia, confesso que foi difícil me entreter com a leitura e não prestar atenção à conversa que acontecia ao meu lado entre uma mãe e seu filho de aproximadamente 6 anos:

– Mãe, posso jogar no seu celular?

– Não filho. A mamãe vai guardá-lo porque a bateria está acabando e estou sem o carregador.

– Mas não tenho nada para fazer aqui… que lugar chato!

– Então vou te contar uma história. A história de como você veio ao mundo.

E, então, com a voz doce e suave, a mãe começou a contar para ele sua história de vida. Do quanto ele foi desejado. De como o pai ficou feliz quando soube da gravidez. De como eles estavam ansiosos quando chegou a hora do parto. Ela afirmava o quanto de felicidade ele trouxe aos dias da família e como ele era um bebê tranquilo e bonzinho. “Na verdade, filho, você sempre foi um amor de criança”, ela dizia. E ele reagia com o olhar atento ao relato da mãe, vez por outra fazendo perguntas ou exclamando algo. E, confesso, foi difícil voltar ao meu livro “Como eu era antes de você” e não admirar aqueles olhinhos apaixonados.

Mãe e filho1

Presenciei esta ligação de amor há aproximadamente um mês na sala de espera do meu ginecologista. E isso me fez refletir sobre a conexão que perdemos, e principalmente, sobre as conexões que temos realizado ultimamente. Frequentemente preferimos o virtual – o celular, o videogame, o tablet – à conexão real. Basta olhar pelas ruas, shoppings e restaurantes: a grande maioria das pessoas preocupa-se mais com o celular e acaba se distanciando das pessoas e dos pequenos acontecimentos ao seu lado.

Há alguns dias fiz um curso de Aromaterapia e o professor nos disse: “Quem tem o hábito de checar as redes sociais logo ao acordar e dorme conectado ao celular não está vivendo sua própria vida. Está vivendo a demanda de outras pessoas e sobrecarregado de informações virtuais.”

Faz sentido para você?

Celular1

Vale ressaltar que não tenho nada contra a internet, as redes sociais e os aplicativos de mensagem. Ao contrário: são excelentes ferramentas de trabalho e de entretenimento! Mas devemos estabelecer horários para tudo em nossas vidas: horários de trabalho, de estudos, de alimentação, de lazer, de sono, de conexão com quem amamos. Do contrário, perderemos a oportunidade de vivenciar momentos reais, de aumentar nossa produtividade e de olhar nos olhos de quem caminha lado a lado com a gente.

Perdão

Já imaginaram a lição de amor e conectividade que aquela mãe ensinou ao seu filho?  E, mesmo sem ela saber, também me ensinou algo importante. E resolvi compartilhar este amor com vocês.

Então, te faço um convite: vamos nos (des)conectar?

Gratidão pela visita! ♡

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* Texto autoral por Mariana Diniz. Autoriza-se a cópia integral ou parcial desde que citada a fonte